Ação pela Paz - CNseg doa mais de 1,3 mil livros para projetos de leitura em unidades prisionais

Cultura

CNseg doa mais de 1,3 mil livros para projetos de leitura em unidades prisionais

Exemplares de diversos tipos de literatura serão utilizados em iniciativa em parceria com a SEAP-RJ
Foto: divulgação CNseg
Foto: divulgação CNseg

Por Marcos Ferreira | Redação
Com informações da CNseg

O Centro de Documentação e Memória do Mercado Segurador (Cedom), uma iniciativa da CNseg (Confederação Nacional de Seguradoras), doou ao Instituto Ação pela Paz 1.325 obras literárias, 62 porta-revistas, seis estantes de aço com capacidade para cerca de três mil livros, para a implantação de projeto de leitura em unidades prisionais do Rio de Janeiro. Entre os objetivos com a iniciativa está a possibilidade da remição de pena aos reeducandos participantes.

Para viabilizar o trabalho, a organização social formalizou um termo de doação do material com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP-RJ), que iniciou a retirada do material no fim de julho. Entre os livros doados, destacam-se clássicos das literaturas brasileira e estrangeira, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Quincas Borba”, de Machado de Assis, e “Os irmãos Karamázovi”, de Fiódor M. Dostoiévski.

A coletânea de crônicas “Amor é Prosa, Sexo é Poesia”, de Arnaldo Jabor, o biográfico “Olga”, de Fernando Morais – já adaptado para o cinema – compõem a lista com títulos como o premiado “Cem Anos de Solidão”, do colombiano Gabriel Garcia Márquez, e o romance contemporâneo “A Caderneta Vermelha”, do escritor francês Antoine Laurain.

Foto: divulgação CNseg
Foto: divulgação CNseg

Para Ana Luiza de Souza Costa, coordenadora das atividades do Cedom, o hábito de ler pode trazer diversos benefícios para pessoa em privação de liberdade. “Eis que por meio da leitura o apenado tende melhorar sua conduta, seu comportamento. Desenvolve ou apura seu senso crítico, sua consciência. Através do conhecimento ele se torna, de alguma forma, livre”, diz ela.

Engajada com a necessidade do aprendizado democrático, Ana Luiza frisa que “se a educação é um direito de todos e um dever do Estado, então as unidades prisionais devem dispor de bibliotecas. O preso tem o direito à educação, eis que ele é um sujeito de direitos”.

O apoio da CNseg vem como uma colaboração da sociedade para ajudar o ente público a, segundo a coordenadora, “proporcionar que esses espaços sejam mais que a simples guarda ou punição”.

“Acredito que a única forma de ressocializar é por meio da leitura e por meio da educação. Afinal, como dizia Paulo Freire (educador e filósofo) ‘o conhecimento liberta’", conclui.

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