Centro de Ressocialização Feminino

CRF de Rio Claro, em SP, realiza oficinas de crochê e jogos para reeducandas

O Projeto Conviver tem o objetivo de diminuir os impactos da pandemia no centro que está com as atividades pausadas
Foto: divulgação
Foto: divulgação

“O projeto nasce para ajudar as pessoas que repentinamente se viram cerceadas de trabalhar, de estudar e de abraçar seus familiares”. A fala da Maura da Cruz, Diretora Técnica do Centro de Ressocialização Feminino (CRF) de Rio Claro (SP), reflete bem o objetivo do Projeto Conviver, apoiado pelo Instituto Ação Pela Paz, que atua em duas frentes no CRF, com reeducandas ensinando reeducandas a arte do crochê e dos jogos.

Conviver Oficina de Crochê

As aulas de crochês já estão há tempos presente na realidade das reeducandas do CRF feminino de Rio Claro, por meio de outro projeto apoiado pelo Ação Pela Paz. As alunas, que participavam da iniciativa, se voluntariaram para ensinar as técnicas às suas colegas. Ao total são 15 mulheres privadas de liberdade que participam das aulas semanais e, assim que as coisas retornarem a funcionar, poderão vender os materiais produzidos em um espaço que o CRF possui na feira de artesanato da cidade.

Além da possibilidade de conhecerem novas técnicas de crochê e poderem gerar renda, o projeto também tem o objetivo de ajudar psicologicamente as reeducandas que estão ociosas com a paralização das atividades. “Além de aprenderem um trabalho manual, as aulas aliviam a pressão mental, relaxando-as, fazendo com que tenham uma outra percepção do tempo e se ocupem, não se preocupando com a pandemia e em como estão as coisas lá fora”, comenta Maura.

Conviver Oficina de Jogos


Além das aulas de crochê, as reeducandas receberam jogos, como xadrez, quebra-cabeça, Uno, dominós, entre outros, para jogarem e criarem um ambiente acolhedor, amigável e companheiro com as colegas. Um dos espaços que é ocupado por uma empresa parceria, mas que está livre nesse momento, foi adaptado para esses momentos de lazer.

Foram mais de 80 jogos doados para atender 32 participantes, que foram previamente inscritas para facilitar o uso dos materiais com responsabilidade e cautela. Os resultados já estão sendo percebidos. “Notamos, com muita alegria e uma certa dose de alívio, que elas, apesar de tudo, neste período se encontram bem de saúde e calmas. Isto se deve ao fato da continuidade das atividades e das ligações efetuadas para as famílias”, finaliza Maura.

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