Quem faz a diferença

Dia do Voluntariado: afeto que mobiliza e transforma a todos!

Em comemoração à data, conversamos com alguns de nossos voluntários sobre seus sentimentos em ajudar ao próximo
Projeto voluntário de Rita Duenhas no CRF de Rio Claro, em SP – Foto: divulgação
Projeto voluntário de Rita Duenhas no CRF de Rio Claro, em SP – Foto: divulgação

No dia 28 de agosto, comemoramos o Dia Nacional do Voluntariado. A data foi sancionada em 1985 e é anualmente celebrada pelas organizações que possuem voluntários. No Ação Pela Paz não poderia ser diferente, os projetos que apoiamos em unidades prisionais ou em ONGs são potencializados por essas pessoas que doam seu tempo para ajudar o próximo. Tivemos o prazer de ter, em 2019, 75 pessoas participando voluntariamente em nossas ações.

2020 não será diferente! Temos pessoas engajadas na causa junto com a gente, se doando em projetos em prol da redução da reincidência criminal.

Sentimento de gratidão

“É o sentimento de devolver a sociedade o que foi feito por pessoas como eu, que fui beneficiada pelo trabalho de voluntários”. Gratidão é o sentimento que fica em Aglaê Ruth, egressa do sistema prisional, ao realizar trabalhos voluntários. Ela faz parte do Responsa, organização apoiada pelo Ação Pela Paz que se caracteriza como uma agência de terceirização de trabalho para pessoas egressas prisionais.

“Quando você encontra alguém em situação de vulnerabilidade e você consegue fazer o mínimo que seja para aquela pessoa sorrir, dar uma motivação, é o mais gratificante”, comenta Aglaê. Ela ajudou o Responsa na distribuição de cestas básicas aos egressos assistidos pela ONG e pessoas de comunidades pobres.

Ela também ajuda em outra ação da organização, e vai no final das feiras de rua de seu bairro recolher alimentos para distribuir. “A ideia é ajudar pessoas que estão em vulnerabilidade, principalmente egressos do sistema prisional. Por serem perecíveis, também distribuímos na comunidade de Sapopemba, em frente da minha casa, para quem quiser pegar os alimentos. Vizinhos começaram a doar também, para deixar a feira solidária!”, relata a voluntária.

Saiba mais sobre o trabalho e atuação do Responsa aqui.

Aglaê no centro da foto, de camiseta laranja, segurando o banner – Foto: divulgação
Aglaê no centro da foto, de camiseta laranja, segurando o banner – Foto: divulgação

Educação para redução de desigualdades

Vitor Jardim, voluntário e advogado, acredita na educação como forma de redução de desigualdades, injustiças e formas de discriminação. “Vejo o trabalho voluntário como uma forma de atuação da micropolítica, isto é, ações de grupos menores, com impactos diretos limitados, mas que tenham o potencial de engajar diversos atores em temas de relevância social significativa”, comenta Vitor.

Atualmente, ele está engajado na fundação do Nova Rota, uma iniciativa que busca oferecer oportunidades de educação a egressas e egressos do sistema prisional. Sua história com trabalho voluntário é ampla, ele é professor voluntário no Projeto Constituição nas Escolas e mentor de uma bolsista no Projeto Gauss, que apoia jovens de comunidade com bolsas em cursinhos, mentoria e acompanhamento psicológico, essa ação voluntária inspirou a ele, um amigo voluntário e um beneficiado a criar o Nova Rota.

Para o Vitor, “o mais bonito do trabalho voluntário é conhecer a história das pessoas impactadas e, de uma certa forma, sentir que você contribuiu para que ela superasse um problema e se aproximasse de algum objetivo de vida”.

Conheça mais sobre o Nova Rota, aqui.

Vitor, no canto direito, atuando como voluntário – Foto: divulgação
Vitor, no canto direito, atuando como voluntário – Foto: divulgação

Voluntárias que geram voluntariado

“É amor”. Assim que Luciana Sartori Santos define trabalho voluntário para ela. “Temos que fazer algo para pessoas como gostaríamos que fizessem conosco. Sentar e se lamentar não funciona, eu tenho que agir e me movimentar para fazer algo para o bem e ver o sorriso e alegria nos outros”, completa.

Luciana faz parte do grupo Mais Vida, que nasceu em Rio Claro (SP) com o objetivo de engajar pessoas a doarem sangue e desenvolver outras atividades para ajudar as pessoas e a Rede Rioclarense de Combate ao Câncer. Com isso, as participantes começaram a ver a necessidade de auxiliar os pacientes da oncologia com perucas, já que a perda de cabelo acontece durante o tratamento.

Engajadas, aprenderam com uma cabeleireira local a fazer perucas, porém só tinham três voluntárias que sabiam costurar e podiam realizar o ofício. “O trabalho de tecer cabelo é um pouco demorado e estávamos com dificuldade. Procuramos a Drª Maura, Diretora do Centro de Ressocialização Feminino (CRF) de Rio Claro, para apoiar este trabalho. Descobrimos que no CRF há reeducandas que eram costureiras, nossas voluntárias treinaram seis internas para multiplicar outras”, comenta Luciana.

Além de pacientes oncológicos, as voluntárias começaram a doar perucas para pessoas com doenças autoimunes, como a alopecia, que vão perdendo o cabelo e não cresce mais. “Nestes casos, as perucas são personalizadas para a pessoa. Medimos o tamanho da cabeça, vemos como ela quer o cabelo, cor, tamanho e formato. A peruca dura três anos e depois refazemos a nova”, expõe Luciana.

O grupo realiza no CRF de Rio Claro outras atividades, como dança circular, aula de inglês, feltro, crochê e violão, atendimento psicossocial, meditação e oficina de mosaico. “Criamos o Bazarte para vender os artesanatos feitos dentro do Centro para vender os produtos e revertiam o dinheiro para ajudar no projeto”, complementa Luciana.

Conheça o grupo Mais Vida e saiba como ajudar a causa em sua página no Instagram.

Luciana, a última à direita, realizando voluntariado com o grupo Mais Vida! – Foto: divulgação
Luciana, a última à direita, realizando voluntariado com o grupo Mais Vida! – Foto: divulgação

Por uma sociedade melhor

“A sociedade é uma responsabilidade de todos nós”! Rita Duenhas é terapeuta e voluntária do Ação Pela Paz em alguns projetos, como o Paz no Coração, Liberdade na Prisão, que transmitirá palestras e meditações focadas no desenvolvimento de recursos internos para desenvolver um maior equilíbrio emocional e espiritual dos reeducandos do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro e Piracicaba, da Penitenciária Feminina de Campinas e da Penitenciária Masculina de Sorocaba, todas em São Paulo.

Para Rita, todos temos responsabilidades nesta sociedade e é importante participarmos ativamente de seu progresso. “Aquilo que eu recebo das pessoas incríveis que eu encontro, como professores, amigos, tomo como um bem valioso e devolvo para quem não tem esse acesso”, complementa.

E não para por aí! Neste momento de pandemia, provocada pelo COVID-19, ela está auxiliando pessoas em luto que perderam familiares por conta do Coronavírus.

O Instituto Ação Pela Paz agradece a todos os voluntários por seu trabalho e apoio à causa que é de todos nós! Com a união de forças para um propósito de desenvolvimento e geração de oportunidades, podemos melhorar onde vivemos.

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