Por Kaio Nunes e Marcos Ferreira | Redação

Como suprir as necessidades do mercado de trabalho e da sociedade e melhor preparar as pessoas privadas de liberdade e egressas do sistema prisional para atendê-las? Essa questão foi o ponto de partida para a criação de um grupo multidisciplinar.

Lideranças de organizações sociais, diretores de presídios, representantes de empresas, acadêmicos e terapeutas estiveram juntos para pensar em soluções reais para diminuir a reincidência criminal no Brasil.

As atividades desse time tiveram início nesta terça-feira, dia 11 de julho, e foram organizadas pelo Ação Pela Paz, instituto que faz parte do Programa SEMEAR*. O Espaço Abrahão e Rosa, no centro paulistano, recebeu os participantes.

O grupo estruturou um cronograma dividido em quatro encontros. A primeira reunião abriu um debate para a construção de soluções para as necessidades que envolvam diversos pontos importantes para a ressocialização de quem passa pelo sistema prisional.

Representantes da Coordenadoria de Reintegração Social, Centro de Ressocialização de Limeira, Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro e Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" - Funap compartilharam ações realizadas em São Paulo, além de ideias e desejos para o aprimoramento de atividades em prol dos atendidos.

A sociedade civil teve sua voz por meio de profissionais do Movimento Happiness, Laboratório de Transformação, Associação Nova Rota, Unip de Limeira, Instituto Recomeçar, Instituto Responsa, Instituto Manáh, Grupo Porto, projeto Egresso Apoiando Egresso, Renova Ecopeças e Movimento Bem Maior, além de parte do time do próprio Ação Pela Paz.

Esse foi o começo de um trabalho que contará com mais três encontros. O obejtivo do grupo é a entrega da execução de um plano de ação com calendário para a realização de práticas, seguida de uma análise parcial das atividades e concluindo o ciclo com avaliação final e a apresentação de uma trilha de conhecimentos.

Programa SEMEAR

Semear (Sistema Estadual de Métodos para Execução Penal e Adaptação Social do Recuperando) foi criado em 2014 por meio do provimento da Corregedoria Geral da Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo e tem como parceiros a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e o Instituto Ação pela Paz. O programa busca maior efetividade na recuperação dos presos e suas famílias.