Os Centros de Ressocialização (CR) são unidades localizadas em cidades do interior do estado de São Paulo e abrigam pessoas privadas de liberdade que são primárias e com penas menores que 10 anos de condenação, esses estabelecimentos penais atendem tanto ao regime semiaberto como fechado. Para minimizar os impactos da pandemia da COVID-19, o CR Feminino de Piracicaba (SP), em parceria com o Instituto Ação Pela Paz, está realizando oficinas de crochê para as reeducandas, onde muitas estão com suas atividades de trabalho interrompidas por conta da quarentena.

As aulas são conduzidas por cinco reeducandas que já fazem parte de outro projeto de geração de renda por meio do crochê e, agora, repassam seus conhecimentos às colegas.

“Aparentemente é uma coisa tão simples, mas é muito! Ao mesmo tempo que está fazendo crochê, você começa a pensar em outras coisas, você a produção do seu trabalho. É muito enriquecedor! E, isso gera renda.”, comenta Celeste Abamonte, Diretora Técnica do Centro de Ressocialização. Além de uma possibilidade de geração de renda, as aulas também são terapêuticas e auxilia na convivência do dia-a-dia entre as participantes.

“O projeto auxilia na convivência, no trabalho em equipe, no fortalecimento dos vínculos e melhora no sentimento de bem-estar das reeducandas”, comenta Neuda Martins, Supervisora Regional do Ação Pela Paz.

As peças produzidas no decorrer do projeto serão vendidas na feira de artesanato de Piracicaba, assim que retomarem as atividades. Uma parte do valor das vendas será destinado as participantes e, a outra, para a manutenção do projeto, contribuindo para a sustentabilidade e perenidade das aulas.