Beca e capelo

Projeto "Move O Bem" realiza cerimônia para a formação de beneficiárias

Reeducandas do regime semiaberto concluíram curso de corte e costura, com geração de renda e capacitação psicossocial
Foto: Marcos Ferreira | Ação Pela Paz
Foto: Marcos Ferreira | Ação Pela Paz

Por Kaio Nunes e Marcos Ferreira | Redação

“Trabalhar com costura pode trazer menos dinheiro que o crime, mas traz mais paz, tranquilidade e dignidade”, diz uma mulher, mãe e presa.

Na segunda-feira, dia 6 de novembro, o Movimento Eu Visto O Bem mostrou um pouco do seu impacto. Em uma cerimônia, realizada no Espaço Abrahão e Rosa, em São Paulo, 15 pessoas privadas de liberdade, em regime semiaberto, de dois presídios de São Paulo, concluíram um curso de 10 meses, intitulado Move O Bem.

O cronograma reuniu geração de renda, qualificação em corte e costura e apoio psicossocial, incluindo participação no projeto "Paz no Coração, Liberdade na Prisão". Tudo pensado e com apoios múltiplos para que as assistidas retornem à sociedade mais preparadas para seguirem suas vidas fora da criminalidade.

A iniciativa teve a colaboração do SENAC e patrocínio do Instituto Lojas Renner, pilar social da varejista de moda que atua em prol da inclusão produtiva feminina. A formação contou ainda com o apoio do SEMEAR, por meio do Instituto Ação Pela Paz, e do Instituto Justiça de Saia.

Apoiadores do projeto - Foto: Marcos Ferreira | Ação Pela Paz
Apoiadores do projeto - Foto: Marcos Ferreira | Ação Pela Paz

Essas iniciativas geram resultados para toda a sociedade. De acordo com levantamento anual dos atendidos pelos projetos apoiados pelo Instituto Ação Pela Paz no estado de São Paulo, 84% não reincidem criminalmente, ou seja, não voltam a cometer crimes que os levam à prisão novamente.

O estudo é feito pelo SEMEAR, sigla para Sistema Estadual de Métodos para Execução Penal e Adaptação Social do Recuperando, um programa criado em 2014 por meio do provimento da Corregedoria Geral da Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo e tem como parceiros a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária paulista e o Instituto Ação pela Paz.

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