Projeto EAD
Voluntários de psicologia viabilizam a realização de projeto terapêutico "Diálogos de Acolhimento"
Em abril, Ação Pela Paz promoveu encontro de grupo de voluntários em sua sede
Por Daniella Reina
Revisão e edição: Marcos Ferreira | Redação
O projeto “Diálogos de Acolhimento” foi concebido em 2022 pelo psicólogo Mauricio Cadernete, tendo a proposta de ser implementado nas unidades prisionais do interior de São Paulo. Com objetivo de facilitar diálogos psicológicos em grupo, a metodologia visa promover autorreflexão, autocuidado e melhores relações interpessoais entre os participantes, com foco na reintegração social presente e futura. Até o momento, foram realizadas 11 edições do projeto em cinco unidades prisionais, todas com o apoio do Ação Pela Paz.
Os encontros acontecem semanalmente em formato EAD em cada unidade prisional e são conduzidos por voluntários psicólogos ou estudantes do último ano de psicologia. Atualmente, o projeto conta com 16 voluntários. Cada encontro é temático e elaborado em conjunto com o grupo de reeducandos participantes. Ao término de cada turma, são realizadas reuniões com os parceiros para avaliar os resultados e discutir a necessidade de mudanças nos temas abordados.
Durante as reuniões de monitoramento com as unidades prisionais, são compartilhados os resultados intermediários alcançados pelo projeto. Alguns desses resultados incluem a capacidade dos reeducandos de identificar seus sentimentos, o que lhes permite trabalhar melhor seus valores; o fortalecimento dos laços familiares ao compartilharem suas experiências com os demais; o desenvolvimento de empatia pela dor do outro e o sentimento de apoio mútuo para que eles e os outros participantes possam reconstruir suas vidas quando em liberdade, entre outros.
Para 2024, já estão em andamento as formações para os voluntários que atuarão no projeto nas unidades prisionais. A projeção é que sejam realizadas 10 edições do projeto ao longo do ano.
Em 29 de abril, voluntários de projetos psicossociais estiveram no Espaço Abrahão e Rosa, em São Paulo, local que sedia o Instituto Ação Pela Paz. O encontro teve foco no compartilhamento e sistematização de experiências, conhecimentos e, principalmente, difusão da temática da justiça criminal.